Convergência é uma força que age a pleno vapor nesta década. Nossos gadgets e eletrônicos cada vez mais se encontram em uma disputa de funcionalidades onde um tenta eliminar a necessidade do uso do outro. Computadores fazem ligações, telefones pegam canais de televisão, televisores querem incorporar funções de computador com a mudança da TV digital e a lista segue longa nessa competição.

Esta situação acabou trazendo o e-mail, uma grande forma de comunicação que já se tornou familiar em desktops e notebooks, para dentro do nosso celular. Com celulares que tem suporte para redes wi-fi e internet 3G, cada vez mais populares, o uso do email no telefone é uma realidade para uma parcela crescente dos usuários de telefonia móvel. Tendo acesso rápido a essa ferramenta de comunicação, que oferece possibilidade de conteúdos mais extensos, formatação de texto (cores, tamanhos e fontes), uso de imagens, anexação de arquivos, qual seria o motivo para dar continuidade no uso do SMS desprovido de todas essas funcionalidades?

Justamente essa amplitude de funções do e-mail é que faz com que ele não exclua o uso da mensagem SMS, e sim trabalhe com uma ferramenta complementar. O SMS na sua simplicidade acaba sendo uma ótima ferramenta para mensagens curtas e obvjetivas, daí a origem do nome SMS (short message service). Um tipo de mensagem que, por ter um conteúdo resumido e uma leitura rápida, acaba tendo maior prioridade e atenção instantânea de quem o recebe. Você pode deixar para ler depois um email cuja resposta seja mais elaborada ou o conteúdo exija mais da sua concentração, mas raramente não lê imediatamente um SMS quando chega.

Outro fator que joga a favor das mensagens curtas é sua grande penetração em todos os níveis sociais. O serviço é o segundo mais utilizado por usuários de telefonia móvel (o primeiro obviamente é o serviço de voz) ao passo que o índice de smartphones e aparelhos que dão suporte para o uso de email ainda é baixíssimo entre a população brasileira.

Mesmo com esta “divisão de espaço” o email e o SMS acabam se estabelecendo como ferramentas complementares de comunicação para o público, cada uma atendendo a objetivos distintos.



Wednesday, February 3, 2010

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