O consumidor gasta dinheiro regularmente sem querer ser visto. Não há faixa etária ou gênero específico e, mesmo assim, este segmento não só existe como é o que mais vende no planeta. Impossível? Não para a indústria do sexo. Se a prostituição é a profissão mais antiga do mundo, o profissional de Marketing de hoje tem muito o que aprender com os derivados dela.

As diferenças da indústria do sexo para os outros segmentos são interessantes. Quanto mais a sociedade repudia e repreende o consumidor porn, mais forte a pornografia fica. Na internet, os compradores da indústria do sexo encontram um oceano de possibilidades e, por isso, entram cada vez mais cedo e raramente saem deste ambiente.

A influência da pornografia no dia a dia da web está nos downloads de vídeos, fotos, bate-papos, aplicativos, entre outros. E o sucesso da indústria do sexo está longe do fim porque todo o segmento ganha força a cada dia com a solidão cada vez maior dos indivíduos, apoiado no desejo universal. Talvez por isso, marcas investem em ações de Marketing de olho neste mercado que já tem até data comemorativa no calendário nacional.

Marketing X Sexo
O Marketing e o a indústria do sexo são parecidos. Primeiro porque ambos exploram uma angústia do indivíduo. Além disso, os dois sempre buscam formas diferentes de explorar a mesma matéria-prima. Para aplicar a estratégia porn em uma empresa é preciso entender e explorar o que o negócio e o pornô têm em comum. Exemplos não faltam. Na moda, o Marketing explora o corpo; as empresas de bens de consumo apelam para o status e a ansiedade, o setor imobiliário preza pelas fotos e pela localização.

Assim como a indústria do sexo. “Muito se pode tirar e aplicar em outra área. Mas é necessário olhar este mercado como ele realmente é e não como a sociedade quer que você veja”, explica Luli Radfahrer, Ph.D. em comunicação digital pela ECA-USP, em entrevista ao Mundo do Marketing. Assim como em qualquer varejo, a indústria do sexo oferece muitas opções de produtos tanto nas lojas virtuais quanto nas físicas.
 
No varejo “comum”, um dos fatores que contribuem para a compra por impulso é a promoção. Já no mercado erótico, outras questões estão em jogo. “A indústria do sexo estará sempre em voga e será cada vez mais liberal. Por isso, sempre vendemos rapidamente os lançamentos na loja Sexy Hot na internet”, diz Mauricio Paleta, Gerente Geral Playboy do Brasil, em entrevista ao portal.

Sexo no calendário
No Brasil, o sexo tem data comemorativa no calendário: dia 6 de setembro. Foi nesta data que a marca de preservativos Olla realizou diversas ações de Marketing, desde filmes exibidos na MTV e nos intervalos do programa CQC, da TV Bandeirantes, até a distribuição de preservativos em blitz.

Na internet, a Olla criou um hotsite, um game e perfis nas principais redes sociais sem contar as três festas sob o tema nas cidades de Maresias, Florianópolis e Búzios. Outra lição que o profissional de Marketing deve aprender com o mercado erótico é sobre derrubar barreiras e quebrar paradigmas.

“Neste segmento, assim como em todos os outros, não se pode, de forma alguma, assumir uma posição preconceituosa, principalmente no que diz respeito à opção sexual das pessoas”, completa Mel Girão, Diretora Executiva de Maketing da Olla.



Sunday, February 7, 2010

« Назад